quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Peculiaridades?

 Escute Hellen, por que a pressa? Por que a ânsia? Será mesmo preciso ser tão passional? Tente ser mais cautelosa, afinal o que diria sobre seus ímpetos Baltasar Gracian? O que pensaria Erasmo de Rotterdam? Se você não liga então por que os lê?
 As vezes fico pensando se todas as pessoas do mundo se auto sabatinam, ou se sou mesmo louca, a verdade é que tenho todas as respostas antes mesmo das perguntas se formarem; talvez esses questionários são para saber o grau de conforto para comigo mesma, desde que descobri que personalidade não é destino, venho tentando ver se tenho conserto, mas, devo confessar que estou feliz comigo. Esse meu jeito louco de ser me tirou o sono tantas vezes, e como amo dormi, resolvi que isso é charme meu, tipo, dizer o que penso e principalmente o que sinto, o que quero não é pra qualquer um, embora todos juram que ser contido é tarefa árdua. Admito que admiro pessoas calmas, contidas, equilibradas, que conseguem ficar impassíveis diante do pior insulto, e eu só os admiro pelo fato de não saber como eles conseguem.
 Tenho pra mim que sou caso perdido, não me imagino não defendendo a ferro e fogo aquilo que acredito, mas, ao longo do tempo também aprendi que nem tudo que se pensa deve ser exteriorizado, embora quando minha boca me obedece, minha expressão me entrega. Agora também consigo ficar calada e até dissimulada, diante de filosofias que vão contra tudo aquilo que acredito; mas pelo amor de Deus não venha me dizer do que devo gostar, que roupa usar porque esta na moda, que música ouvi, só porque quem canta é um ícone, ou que filme admirar porque seu diretor é aclamado, e se quer saber nunca li Paulo Coelho, e é provável que jamais leia.
 Para as outras pessoas eu não sei, mas para mim, meu pior defeito é não saber mentir, morro de medo de me trair, e como isso as vezes faz falta; minha melhor qualidade eu ainda não sei, porque tenho tantas, mas creio que a modéstia possa encabeçar a lista; minha excentricidade, pra quem tem dificuldade de notar é mudar de assunto no meio do assunto; minha hora favorita do dia, é o final da tarde; minha cor o xadrez, minha angustia a saudade; minha dor meu jeito impulsivo de ser; minha alegria meu jeito transparente de ser, minha felicidade saber quem sou, com todas as dores e delicias, com oscilações de todos os tipos. Enfim, ainda não sei pra onde vou, mas ao menos conheço três possibilidades, embora a terceira não ouso mencionar, e algo em mim me diz que meu caminho jamais será esse.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Discurso de oratória.

Hoje vou postar o discurso de oratória da minha formatura na faculdade, foi um momento único na minha vida, ter sido a oradora da turma foi uma vitória ímpar, da qual eu jamais me esquecerei.
  "Não tento ser melhor do que ninguém. Tento apenas ser melhor do que eu mesmo." (Mikhail Baryshnikov) adaptado.


DISCURSO DE ORATÓRIA (26/08/2007)

  Senhoras e senhores, boa noite!

  Gostaria inicialmente, de cumprimentar todos os componetes da mesa na pessoa do Superintendente da Faculdade, Sr. Nelson de Carvalho Filho; e a todos os nossos parentes e amigos, que aqui se encontram prestigiando esta solenidade.
  Nosso agradecimento especial à Comissão de Formatura, pelo seu incansável e prestimoso trabalho, sem o qual não seria possível a cerimônia que ora se realiza.
  Em primeiro lugar é uma honra imensa e uma responsabilidade assustadora, falar em nome da turma pois todos sabem o quanto pesa um aglomerado de pessoas que nos voltam a atenção, a ponto de fazer tremer o mais destemido ser humano. E em nome dessa atenção peço perdão desde já se a voz embargar, se as mãos tremerem, se a palavra não sair.
  Ontem entramos para faculdade com um sentimento profundo de indignação, indignação com a sociedade, com as injustiças, com o sistema, com a política, com o Estado, com o Legislativo, e sobretudo com o Judiciário; hoje estamos aqui cumprindo uma etapa da luta que só está começando, a luta de transformar essa indignação diante do mundo em justiça, em um lugar melhor, a partir de hoje não poderemos colocar a culpa em ninguém dos nossos insucessos, porque agora poderemos ser o que quisermos: advogados para ficar ao lado dos desprotegidos e marginalizados; promotores para lutar contra a corrupção, contra as perversidades que nos assombram; juizes para tentarmos um mundo justo, as vezes tendo de trocar o direito pelo senso de justiça; procuradores, deputados, ou apenas lamentadores, pessoas que se acostumaram tanto a colocar a culpa nos outros que preferem ficar só olhando e lamentando que o mundo poderia ser melhor, chegamos até aqui, podemos ir até onde quisermos, a exemplo de Dom Quixote não deixemos que os moinhos de vento se transforme em dragões e nos paralizem de medo.
  Há um mundo lá fora que espera por nós, um mundo de pessoas que confiarão seus maiores medos , seus anseios, suas necessidades, e muitas vezes nos confiarão tudo o que tem.
  E há aquelas pessoas (nossos pais, amigos, esposas, esposos, namorados e namoradas, filhos) que nos amam, nos apoiam, que muitas vezes se resignaram diante de nossa ausência, e acima de tudo confiaram, acreditaram, esperaram e ainda esperam de nós, alguns formandos abriram mão da presença da família, do conforto da lar, pra estarem aqui, mas a colação de grau não é o ápice desse sonho, pelo contrário é só o começo de uma vida de luta e realizações.
  Que nesses cinco anos em que convivemos juntos, onde aprendemos a lidar com as diferenças, a admirar as virtudes, possamos ter aprendido com a dedicação do Eurico, da Cássia, do Noé, da Pamella, do Silvio Santos e do Wilson; com a responsabilidade do Willian, do Marinho, do Márcio e do Claudionir; com o companheirismo do Elinho, da Eliene e da Glauciene; com a meiguice da Isabella, da Cíntia e da Josy; com o carisma da Janice, da Sara Maria e do Wesley, com a cortesia do Emerson, do Sentiago, do Sirley e do Francisco Airton; com o dinamismo da Sônia e da Ana; com a simpatia do Elder e do Rafael; com a discrição do Sílvio, da Sirlene, da Keila e do Rogério; com a sinceridade do Robson, da Márcia, da Sara Arcanjo, da Juvelina e da Gleide; com a diligência do Francisquênede, do Anildo, do José Eduardo, do Tarley e do Kleiton; com a firmesa do Carlos, da Wesdra e do Roberto; com a força da Lana, da Jaqueline e da Juliana; com o bom senso da Lidiane, da Marcione e da Fernanda e com a transparência divertida do Vitor Hugo e da Tatianny.
  Que Deus possa nos dá humildade em nossos triunfos e forças nos percalços, discernimentos perante as injustiças, coragem para que permaneçamos íntegros e éticos, e, sobretudo, que nos dê sabedoria, pois por mais que alguém fosse perfeito entre os filhos dos homens sem a sabedoria que vem de Deus seria contado como nada.
  Que possamos ser dignos de sermos chamados de doutores, digníssimos, ilustríssimos, meritíssimos, que saibamos ser grandes em nossa pequenez.
  E finalmente que possamos não só saber, mas viver o artigo 5º caput da Constituição: "Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, a liberdade, a igualdade, a segurança e a propriedade.
  Obrigada!
Hellen Dayane B. de Sousa. agosto de 2007

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Feitiços do tempo

Hoje pela manhã, decidi revirá o baú do meu passado e relembrar de algumas coisas das quais eu curtia nos anos 90. Caramba, como a gente muda! Mas o que fomos, nunca vai mudar, vai ficar pra sempre num cantinho dentro da gente.
Ouvi músicas, cantei, vi fotos, me lembrei de fatos, e o  curioso é que coisas das quais eu amava, e hoje talvez eu tenha horrores, ainda me fazem chorar por lembrar de uma época inalcansável, de quando eu era uma garotinha sonhadora, e sonhava com a vida de hoje, com as realizações, com tudo que eu poderia ser e realizar, e minha única preocupação era viver.
Mesmo renegando algumas coisas do passado, como gosto musical, paixões "infantis" como Sandy e Júnior, ou até mesmo comportamento adolescente, talvez sonhos, roupas, modo de pensar, ainda sim, acho que prefiro o jeito como eu era antes.
Eu amadureci, cresci, realizei tantas coisas, estou onde deveria estar quando imaginava o futuro, talvez não tão exatamente como planejei, mas segui o roteiro como pude. Talvez a razão desta nostalgia, seja porque a vida era tão mais leve e descomprometida, os problemas que eu tinha não eram meus, porque papai resolvia tudo por mim. mamãe estava sempre por perto, acordava todas as manhãs com o cheirinho de café e minha tarefa diária era sonhar...
Estranho: eu era conhecida como a garota meiga, a amiga pra todas as horas, hoje sou apontada como a moça brava, gêniosa, como sempre fui, talvez fosse meu jeito Sandy de ser, que me tornava meiga, ainda tenho uma certa doçura, mas mudei minhas preferêcias, ainda sou a amiga pra todas as horas, mas meus amigos estão centenas de quilometros longe de mim, todos os amigos que conquistei ao longo dos meus vinte e tantos anos.
Parei de tomar café com chocolate, me desfiz de todos meus vestidos vermelhos, minhas lindas sandálias de salto viraram recordações dentro do armário, talvez tenha desaprendido a usá las, a maquiagem passou a ser discreta, até meus longos cabelos cacheados deram lugar a uma nova mulher, papéis de carta, e poster não fazem parte da minha lista de coleções, adquiri fobia de telefone, não compro mais cds semanalmente, não ouço Laura Pausini, Sandy e Jr, e nem sei como pude gostar de Henrique Iglesias, Bon jovi, Madona; dessa época só ficou Kid abelha, Alanis, algumas músicas da Shakira, Djavan, Legião Urbana, e meu horror por bandas de rock pesado e meu amor por MPB, que aliás cresceu bastante.
E como o origial não se desoriginaliza, ainda amo unhas vermelhas, ainda choro quando assisto "meu primeiro amor", ainda sou fã apaixonada de Karol Wojtyla, e ainda quero ser juíza.
Com certeza eu perdi muitas coisas ao longo do caminho, que deram lugar ao hoje, e de todas as coisas que perdi, o medo é a que celebro.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Bolsa no Pac!! Isso é que é bolsa.











As vezes fico pensando como é fácil ser comunista, quando se está do lado de cá, do lado das pessoas comuns, sem poder, poder no sentido dos três poderes da República.
Nunca me simpatizei com o comunismo, nem de longe; nem com o comunismo tentado, nem com o utópico, não nego! Aceito ser chamada de qualquer coisa nessa vida, menos hipócrita, nem por isso deixo de ser uma pessoa preocupada com o social, mas o que minha opinião tem com isso? Deixa pra La. MAS VOU DIZER ABERTAMENTE: Tomara que o LULA não faça sucessor(A) nada contra ele.



"A ministra Dilma Rousseff, numa foto publicada em setembro de 2009, em  O Globo, deve ter se esquecido de esconder a bolsa - tamanha foi a bronca no assessor do Geddel. Trata-se de uma Kelly, grife Hermès, criada em homenagem à princesa Grace, e objeto de consumo das milionárias mundo afora." (Anna Ramalho, em coluna no Jornal do Brasil)
Fomos apurar qual é o preço de um mimo desses: a bolsa não custa menos de 4.700 euros - cerca de R$ 14 mil. Portanto, quem ainda teme a ex-revolucionária comunista dos anos 70 pode ficar tranquilo. Não se usa uma "Kelly" impunemente.


Para comprar a bolsa que ela usa, o trabalhador brasileiro tem que trabalhar dois anos, sem comer, sem morar, investindo tudo na bolsinha da ministra do PAC.


Enquanto ela e Lula atiram bolsa-família para manter a ignorância do povo, Dilma se agarra mesmo é no poder para poder andar como madame.


Resultado de tudo isso: Lina não mentiu, e Dilma é a campeã absoluta em REJEIÇÃO!
Graças a Deus!




Observações finais:


Onde encontrar a bolsa da Ministra PODEROSA!!:
ORIGINAL
Bolsa Kelly, da 
Hermes (hermes.com). Sem loja ou importadora no Brasil
Preço Cerca de R$ 10 000



HOMENAGEM
Bolsa Francesco Rogani (Via Condotti, 47, Roma, 39-06/678-4036), como a da ministra Dilma Rousseff
Preço Em torno de R$ 600
Outras releituras de grifes
ORIGINAL
Bolsa 2.55, da Chanel. Importada pela Daslu (Avenida Chedid Jafet, 131, 11/3841-4000)
Preço Cerca de R$ 9 000
HOMENAGEM
Bolsa da ShoeStock (Rua Doutor Cardoso de Melo, 1200, São Paulo, 11/3045-1200, shoestock.com.br)
Preço R$ 299,90
ORIGINAL
Perfume 212 feminino, da Carolina Herrera (carolinaherrera.com)
Preço Cerca de R$ 289 (60 ml)
HOMENAGEM
Deocolônia 26, da Contém 1 g (Rua João Cachoeira, 442, 11/3168-0206,contem1g.com.br)
Preço R$ 51 (50 ml)