domingo, 18 de julho de 2010

História de uma gata arisca

Este ano eu queria dar um presente diferente ao meu marido no dia dos nomorados, depois de muito pensar resolvi ver se encontrava gatos pra adotar na minha cidade, pra minha surpresa ao procurar na internet, já no primeiro link encontrei três gatinhos lindos pra adoção (de aproximadamente dois meses) e ainda perto da minha casa, achei que fosse o destino e resolvi encarar o desafio, afinal ele ama gatos e eu detesto (detestava).

Saí do trabalho no meio da tarde e fui buscar o gatinho, vi a Knnor (nome provisório), sentadinha, ( pensei que ela seria menor, achei meio crescidinha e fiquei receiosa) parecia estar me esperando, os outros dois dormiam tranquilamente debaixo de um carro. Então eu disse quero esta! E fui na sua diração para pega-la no colo, pensei que se tratasse de um gato manso, ela rosnou pra mim, e fez menção de ataque, a dona  disse pra eu ter calma pois ela não deixava qualquer um se aproximar. Ela começou a correr pra todo lado, quando finalmente a Shirley a pegou e me deu, ela entrou em desespero e começou a miar e me arranhar. Eu quase desisti.

A Shirley a colocou dentro do meu carro, e quando eu cheguei em casa fui tentar pega-la para colocar dentro de casa, ela não me deixava aproximar, corria se agarrava com as unhas no banco, eu tava morrendo de medo e ela também, quando finalmente consegui pega-la pelas costas, ela fincou as unhas no banco do carro gritava, e acabou fazendo coco (de medo), não vou mentir, eu quis mata-la, então resolvi pegar uma toalha, enrrolar nela e tira-la do carro, coloquei ela no chão, ela correu pro quarto de hospédes e subiu na cama, nessa hora ela nem tinha forças para correr de mim, se esparramou na cama, muito cansada com a lingua pra fora e extremamente assustada, quando recuperou o folego correu pra debaixo da cama, e ficou la por horas.

A noite ela resolveu sair, eu e meu marido fechamos a porta do nosso quarto deixamos água e comida pra ela na cozinha e eu rezei pra conseguir dormi naquela noite, já estava muito arrependida da minha "fabulosa" idéia. A gata passou a noite toda miando, derrubou várias coisas da estante, quebrou um objeto, e fez coco no meu sofá. Quando eu acordei queria saber onde estava com a cabeça quando resolvi adotar um bicho que odiava, e agora me lembrara porque! Abri a porta da sala e torci pra ela fugir e nunca mais voltar, ela foi pra fora miando ainda desesperada. Enquanto tomava café estava pensando no que dizer a meu marido, afinal foi uma tremenda irresponsabilidade da minha parte, adotar um bicho pra deixa-lo da rua, pra dizer a verdade eu queria que ela sumisse! Só que na hora de sair pro trabalho eu descobrir onde ela estava econdida: no motor do carro. Cheguei atrasada no trabalho, e o pior é que eu percebia na cara do meu marido que ama gato e tem toda paciência do mundo o quanto minha idéia tinha sido infeliz! Então conversamos sobre devolve-la, cheguei ao trabalho disposta a ligar pra dona e devolver, então liguei pro meu marido que me disse, para deixa-la  só  avisada que se ela não se adaptasse a  devolveremos, ficamos com ela só uma noite, vamos ver no que dá! Disse ele.

Então la vou eu pra internet ver como domesticar, amansar gatos ariscos, fiquei triste, porque vi relatos de gatos que nunca deixam seus donos se aproximarem.
Ela ficava o tempo todo no quarto de hospede, mas quando eu chegava ela ficava onde eu estava, comecei a desconfiar que ela gostava de mim, mas não deixava ninguém se aproximar e rosnava com a nossa presença, comprei bolinhas de brinquedo, (ela odiou) amarrei um bolinha de papel a um barbante e fui brincando pacientemente com ela, ela tinha medo, não chegava muito perto, mas aos poucos foi perdendo o medo. Ela começou a chegar perto de mim, mas não muito, e finalmente com muita dificuldade conseguir passar a mão nela. Ela não deixava meu marido se aproximar, mas já estava se sentindo em casa, ficando no mesmo ambiente que a gente.

Uma semana depois, ela fugiu, fomos procura-la pela visinhança, eu já estava sem esperanças. Quando finalmente meu marido a encontrou, mas o portão e a porta de casa estavão trancados, ele teve que pega-la, ela óbvio queria se soltar e mordeu o Ronaldo, mordeu muito. Ele ficou possesso e gritou: amanhã devolveremos esse gato! Ficou emburrado um tempão até comigo, (pois eu tinha trancado a porta), eu briguei com ela e disse pra nunca mais fazer isso. Ela ficou meio ressabiada, e começou a rodear o Ronaldo, meio desconfiada, como que pedindo desculpas, parece que sabia que tinha feito algo errado, então ela ficou no mesmo sofá que ele neste dia, até então ela nunca tinha ficado perto dele.

Desde então, sempre tiramos um tempo pra brincar com ela, e cada avanço era comemorado, cada vez que ela chegava perto, ou nos deixava acaricia-la, ou cada vez que ela brincava com nossa mão.
Hoje, quarenta dias depois de a adotarmos, ela virou nosso xodózinho, carinhosa, começou a ronronar (sinal de alegria e contentamento), deixa a gente pegar, claro que não sem prostetar, mas deixa, deixa a gente dar banho e até cortar as unhas, adora dormir com a gente, sempre está onde estamos, é muito brincalhona, (ela pensa que é a Daniele Hipolito, ou Dayane dos Santos). Ela aprendeu a trazer uma bolinha feita com sacola amarrada, que ela adora, pra gente jogar pra ela, ontem eu estava num sofá e o Ronaldo em outro, ela trouxe a bolinha pra eu jogar ela foi pegou e levou no outro sofá pro Ronaldo jogar pra ela, ela buscou e trouxe pra mim, e ficou assim um tempão revezando pra gente não ficar com ciúmes.

Ela se chama Mel, e tem alegrado e adoçado nossas vidas. Por causa dela, eu posso dizer que aprendi a querer bem aos gatos! Ela é linda querida e geniosa igual a mim. Amo-a!

2 comentários:

Unknown disse...

Estou passando por um situação parecida. Adotei um gatinho preto e branco e ele tem sido muito arisco. Quando consigo pegá-lo fico fazendo carinho nele até ele dormir. Mas ele sempre acorda assustado. Num sei quanto tempo vou levar para amansá-lo. Mas sei que valerá a pena.

Hellen Toledo disse...

Hoje minha bebezinha ta no céu. Ela virou estrelinha já tem quase 2 anos, e eu ainda choro quando me lembro dela, ficou pouco tempo com a gente, mas mudou minha vida e pra melhor. Sinto saudades até hoje, e me da vontade de chorar.